sábado, 13 de junho de 2009

Sonetos III e IV

Pouso no seu telhado
Já não sei o porquê da visita,
Nem tampouco o da ferida
Mas ouvi o seu chamado.


Vim, estou aqui, minha atenção é tua
dá-me tua palavra em pranto
que eu trago então voando
teu sorriso lá da lua.


Seus olhos me recordam alguém
Que nunca soube como voar
apesar das belas asas que tem.


Se isso é o que te aflige
Te mostro como é bonita
a aventura de ser livre.

"Livre, livre... livre..."
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Calculo, não porque sou frio
sou, pois, calejado
por todo um passado
por todo um difícil convívio


Faço-me engraçado
faço-me cego
levanto o teu ego
e assim tenho andado


E feito progresso
aos vagorosos passos
que cautela meço


Essa é a ironia
me fazer vazio
de certo modo te dá alegria


Be Abreu

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