quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sobre Ana e o Mar

Veio de manhã molhar os pés na primeira onda. Abriu os braços devagar e se entregou ao vento. O sol veio avisar que de noite ele seria a lua pra poder iluminar Ana, o céu e o mar. Sol e vento, dia de casamento. Vento e sol, luz apagada no farol. Sol e chuva, casamento de viúva. Chuva e sol, casamento de espanhol.
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Ana aproveitava os carinhos do mundo, os quatro elementos de tudo, deitada diante do mar, que apaixonado entregava as conchas mais belas, tesouros de barcos e velas que o tempo não deixou voltar. Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina? Quem já conseguiu dominar o amor? Por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa? Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar?
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Ana e o mar... Mar e Ana... Histórias que nos contam na cama antes da gente dormir. Ana e o mar... Mar e Ana... Todo sopro que apaga uma chama reacende o que for pra ficar.
Quando Ana entra o sorriso do mar-drugada se estende pro resto do mundo, abençoando ondas cada vez mais altas, barcos com suas rotas e as conchas que vem avisar desse novo amor...

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