-Se eu sinto falta de sentido no que você escreve?
-Uhum...
-Quem precisa de sentido? Sentido é chão para os que não voam e eu tenho asas, bem abertas
-Então, você entende perfeitamente o que eu quero dizer quando escrevo essas coisas?
-Não, não entendo perfeitamente o que você quis dizer porque nossas mães não nos pariram na mesma maternidade, eu não subi naquele escorrega aos 3 anos, mudamos de colégio aos 12, e não namoramos as mesmas garotas desde então... Somos diferentes, viu?
-Uhm, a Carlinha diz que o que eu escrevo ali eu só escrevo porque estou bêbado...
- A Carlinha não bebe, mas faz arquivologia quando sempre sonhou com Psicologia, faz ballet terça e quinta mas adora as peladas dos garotos e o futebol de quarta na TV, e ainda por cima, faz francês aos sábados pela manhã quando todos sabemos que ela gosta mesmo é de acordar bem tarde no fds... Acho que você é mais sóbrio que ela, mesmo bêbado...
-É pode ser... Eu até encontro algum sentido quando leio o que escrevo, as referências, as experiências... Quando termino de escrever e vejo o bloco de palavras e as emoções por de trás daquilo tudo, me sinto um idiota, parece que perdi um tempo precioso da minha vida escrevendo para as nuvens... Mas quando alguém se identifica com o texto e comenta comigo, aquilo ganha sentido e me gratifica... Acho que poderia me expressar melhor, ser mais definido...
-Ah, deixa essa tarefa para o leitor...
Um blog a quatro mãos...